Metro: Last Light é uma sequência direta de Metro 2033, que, por sua vez, é baseado no livro do autor russo Dmitry Glukhovsky. Apesar de existir uma sequência literária chamada "Metro 2034", o game tem uma (excelente) história própria e nova.
O título é cheio de momentos de reflexão moral, com o personagem principal questionando suas ações, assim como momentos de crítica política. Se você espera um jogo um pouco mais adulto, Metro: Last Light pode ser uma boa pedida.
Muitas vezes, jogos de FPS têm em sua jogabilidade o seu melhor elemento, mas, em alguns casos, o número exagerado de funções acaba atrapalhando tudo. Ainda bem que Metro: Last Light tem seus comandos bem distribuídos, deixando o game divertido de se jogar.
Além dos habituais botões de tiro, correr, recarregar, ativar e se abaixar, existem comandos para ativar máscaras, dínamos, selecionar tipos de armas etc. Tudo funciona como deveria e dificilmente você achará as ações “encavaladas”.
De um modo geral, os controles respondem muito bem, o que ajuda bastante na hora de você entrar em um tiroteio ou resolver passar por uma área sem que os inimigos percebam a sua presença.
Escolha como você quer confrontar seus inimigos
Em Metro: Last Light, ao chegar a uma sala cheia de inimigos, você tem algumas opções de como reagir à situação. Você pode sair feito um louco, atirando e distribuindo balas como se fosse dia de São Cosme e Damião, como acontece na maioria dos FPS.
Se preferir, você pode transitar pelas sombras, apagando luzes e desacordando (ou eliminando) inimigos na surdina. Essa mudança na maneira como você joga deixa o título mais interessante, já que o modo como você passa de uma parte pode ser totalmente diferente da forma como seu amigo passou.
Os soldados “normais” podem ser colegas conversando sobre o trabalho, tendo apenas pistolas e rifles para se defender, mas, dependendo da forma como você avança, a situação muda e surgem outros inimigos com armaduras e armamento pesado para eliminar a sua ameaça.
Se isso não fosse suficiente, além dos soldados que você encontrará pela frente, Artyon, o personagem principal do jogo, também encontrará monstros mutantes para eliminar. No momento em que eles aparecem, Metro: Last Light chega a lembrar levemente Half-Life 2, jogo clássico da Valve.
Gráficos realmente impressionantes
Quando foi lançado, Metro 2033 se tornou um daqueles jogos perfeitos para testar a configuração de um computador. Queria saber se a máquina era realmente potente? Bastava rodar o game e ver como ela se saia.
Com Metro: Last Light, as coisas se tornaram mais justas em relação aos consoles e PCs atuais, mas isso não significa uma queda na qualidade gráfica do título. Nós testamos o jogo em um PlayStation 3 e no PC, e em ambas as plataformas ele mostrou um belo cuidado visual.
Desde a construção de cenários, passando por efeitos de luz e detalhes de roupas e armamentos, percebe-se que a 4A Games teve bastante trabalho na produção do jogo. Como era de se esperar, a versão de PC apresenta gráficos mais precisos e bonitos, impressionando bastante com a física aprimorada, graças à engine proprietária 4A Engine.
Mesmo assim, você pode jogar Metro: Last Light em qualquer plataforma e ainda aproveitar os belos gráficos do jogo.
PONTO FRACO
Metro: Last Light poderia ser um candidato a jogo do ano se não fosse por alguns problemas que tiram o seu brilho. Metro 2033 era um bom game, mas que tinha uma inteligência artificial estúpida. Esperava-se que sua sequência tivesse acabado com isso, mas, infelizmente, os seus inimigos ainda são bobos.
Imagine a seguinte situação: você é um soldado e está patrulhando um corredor com um companheiro. Vocês não estão exatamente lado a lado, mas conseguem notar a presença um do outro.
Você olha para a parede enquanto conversa trivialidades com o seu amigo, quando, de repente, ele cai do seu lado, vítima de um tiro na nuca. O tiro foi dado com uma arma equipada com silenciador, mas saiba que ele caiu exatamente ao seu lado e poderia ser visualizado pela sua visão periférica. A reação normal seria notar aquilo na hora e ficar em alerta, correto? Não é assim que funciona em Metro: Last Light.
O soldado demora uns bons 4 segundos para notar que seu companheiro, com quem estava conversando, caiu morto no seu lado, quase no seu pé. Para o jogador que prefere pouco desafio sem ter que mudar o jogo para o “Easy”, isso pode não incomodar, mas, com o tempo, as coisas começam a se tornar ridículas.
Se isso não fosse suficiente, quando você pensa que todos os soldados agem dessa maneira, ao se aproximar de alguém pelas sombras é possível que o soldado não só note a sua presença, como todos os seus companheiros também o façam. Isso vai acabar gerando um tiroteio no qual, possivelmente, você se tornará uma peneira.
Isso não é exclusivo dos soldados, já que os monstros também não são os seres mais espertos do universo de Metro: Last Light. Apesar de isso fazer sentido, o padrão “vou atacar apenas em linha reta” de alguns inimigos transforma os conflitos em ações mecânicas e sem muita emoção.
Emoções à flor da pele (feita de cera)
Nós já elogiamos os gráficos de Metro: Last Light, mas existe um elemento dele que realmente irrita quando você vai analisar. É comum encontrar pessoas conversando e você sente vontade de acompanhar alguns diálogos.
SERA QUE VALE ?
Metro: Last Light surgiu como um dos sobreviventes do fim da THQ e mostrou que a Deep Silver fez um grande negócio ao adquirir o game. Um FPS que consegue entregar algo além de tiroteios e headshots, o título consegue mexer com o jogador na medida certa, entregando uma experiência madura e empolgante
NOTA : 9,0 FODA
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