segunda-feira, 2 de junho de 2014

Diretor de The Order: 1886 fala da criação em uma nova geração de games


 A nova geração de video games já está presente entre nós há algum tempo, mas talvez não percebemos que a chegada de novas tecnologias também abriram muito as possibilidades de criação nos jogos eletrônicos. E, seguindo essa curiosidade, o Kotaku entrevistou o diretor de The Order: 1886, Dana Jan, para saber o que tanto um console de nova geração significa para os desenvolvedores.

“Next-gen é construir humanos de uma forma que não olhemos para eles e pensamos que eles sejam como os manequins plástico dos antigos Final Fantasy”, explica ele. “Também imaginamos ‘claro, ele não é perfeito’, mas eu ouço os personagens falarem, eu vejo tudo expressado na face deles e eu posso dizer ‘isso é uma boa performance’.”
 Para Jam, uma nova geração deve ser muito satisfatória para preencher com mais exatidão a representação dos personagens. “Eu até começo a procurar no rostos dos nossos atores para conseguir extrair a sua personalidade. Eu acho que isso será algo que a nova geração nos deixará aprofundar muito nisso”.

O diretor ainda lembrou alguns trabalhos do passado e como eles foram manejados conforme as possibilidades da época. “Quando nós trabalhamos nos jogos do PSP e nos títulos de God of War, nós éramos mais interessados em como contar a história de Kratos. Poderíamos mostrar algo novo sobre esse personagem que você ainda não saiba? Nós visitamos a família e escolhemos tópicos que, para nós, foram convincentes como contadores de histórias.”


O representante da Ready at Dawn também lembrou que a responsabilidade é muito grande quando se está desenvolvendo uma narrativa forte. “Para nós, o trabalho com os personagens é algo que ainda está sendo explorado pelos jogos que são muito conduzidos pelos protagonistas. Certamente a Naughty Dog está realizando um excelente trabalho com isso com games como The Last of Us – aquele jogo é impressionante. Para nós, esse estilo é o que nos apaixona. Nós queremos contar uma grande história.”

E, para ele, o PlayStation 4 tornou tudo isso possível de uma forma diferente. “Memória é um grande problema”, explicou Jan, citando o grande espaço de dados ocupado por apenas alguns minutos de expressão facial.

“O PS4 tem um processador gráficos que nos permite fazer muitas coisas complexas. Se você olhar para estes rostos, serão milhões e milhões e mais milhões de triângulos na tela ao mesmo tempo. Isso é algo que é preciso para se chegar a um nível de realismo que nós buscávamos e que não era perfeitamente possível no PlayStation 3.”


Isso lembrou o diretor de quando ele acompanhou outro título que precisou de cuidados maiores no desenvolvimento dos personagens. “Olhamos para a equipe de L.A. Noire e notamos que tivemos um grande avanço com a projeção do que usávamos nos rostos, mas você podia levar apenas uma ou duas pessoas na tela ao mesmo tempo porque aquilo estava sendo carregado fora do disco."

"Para esses casos, os dados podem ser exponencialmente maiores, então creio que o PlayStation 4 nos permitirá ver o que mais podemos fazer com isso”, finalizou.
 Quem sabe as possibilidades de uma nona geração de video games sejam ainda mais empolgantes para os desenvolvedores? Bom, enquanto esse tempo não chega, só temos a certeza de que os jogadores estarão tão esperançosos quanto os estúdios para saborear as novidades que o futuro dos jogos eletrônicos.

FONTE
KOTAKU

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