quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

ANALISE - Beyond: Two Souls

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PONTO FORTE
Forçando o jogador a embarcar na história

David Cage não é um cara que trabalha na simplicidade. Em Heavy Rain, ele provou ser capaz de desenvolver uma história cativante com a utilização de múltiplos protagonistas, o que acabava requisitando um pouco de paciência para encaixar os pedaços da história.

Em Beyond, Cage resolveu focar em uma única personagem, a qual tem uma história muito complexa. Para complicar mais as coisas e forçar o jogador a se envolver na trama, Cage apelou para um estilo utilizado em filmes: a montagem da história fora de ordem cronológica.
A princípio, o jogador fica um pouco confuso, mas depois de algumas horas de jogo, as cenas começam a ter uma conexão notável. Os capítulos do jogo são exibidos em uma linha do tempo que aparece durante os carregamentos das cenas.

Essa montagem da história pode não parecer fazer sentido, mas ela é perfeitamente justificável. Quando o jogador não entende algo, ele precisa prestar atenção em todos os detalhes, visto que a história será montada em sua cabeça aos poucos.

Além disso, como se trata de um game que mostra a personagem em diferentes fases da vida, o uso dessa tática foi importante para manter a apresentação de grandes emoções e pequenas explicações. Seria bem entediante se o roteiro mostrasse Jodie ainda criança vivendo eventos rápidos e sem grandes emoções, isso provavelmente não despertaria a curiosidade.

Um enredo absurdamente detalhado

Conforme já comentamos, a história trata da conexão entre Jodie (desde a infância até a fase adulta) e Aiden (a entidade que acompanhou a garota durante toda a vida). Em sua essência, o enredo é inédito em um jogo, o que já dá muitos pontos para Beyond. Todavia, o charme de todo o game está na construção desse relacionamento entre as personagens.
Beyond: Two Souls não quer explicar todos os pormenores da relação entre as duas, portanto não espere grandes detalhes sobre como aconteceu a conexão entre Aiden e Jodie. A grande sacada aqui é mostrar como é difícil viver no papel de uma garota especial. São decisões ímpares e muito poderosas: você tem o poder de controlar pessoas, fazer o bem e o mal.

A princípio, Jodie tem muito medo de Aiden (os humanos têm medo do desconhecido), mas, com o passar dos anos e uma grande ajuda do doutor Nathan Dawkins — interpretado por Willem Dafoe —, a garota começa a entender melhor essa relação e a pegar afeição ao espírito-amigo.


Depois de algum tempo, você vai entender que o jogo não quer apenas mostrar uma história, mas quer que você viva as experiências, decida entre o bem e o mal e se envolva do começo ao fim. Cada capítulo da vida da garota tem alguma lição e isso é algo que faz este título ser único.

Colocando o jogador para refletir (spoilers abaixo)

Ficamos boquiabertos com a coragem de Cage em abraçar o mundo em um jogo. Beyond vai além de qualquer outro game, abordando uma série de assuntos importantes (e incomuns em jogos) que fazem o jogador refletir, pensar, se emocionar e se identificar (ou não) com diversas causas.

Quer um exemplo? Há uma cena em que Jodie vai viver com alguns moradores de rua. Nesse capítulo, o jogador viverá a situação de alguém que necessita de esmolas. Como de praxe, a escolha é sua: arranjar dinheiro ou passar fome. O roubo é algo comum em outros jogos, mas mostrar uma personagem na miséria é algo bem raro.
Quer mais? Pense em toda a questão do bullying que você vê nos noticiários. Normalmente, achamos um absurdo esse tipo de atitude, porém é normal ignorarmos boa parte do que é apresentado na televisão, pois é uma situação sobre a qual não temos muito controle. Em Beyond, há situações em que você sentirá isso na pele (e acredite, não é nada legal).
Ao evoluir com Jodie, você começa a perceber que suas decisões vão influenciar na vida de outras pessoas (incluindo da própria personagem) e que tudo terá consequências. Aos poucos, você entende que deve controlar o ódio (ou não), ajudar as pessoas (ou não), ter parcimônia (ou não) e encarar as situações.
Por conta da jogabilidade simplificada, pode parece que o jogo é muito fácil, mas, acredite, não é simples tomar decisões. Além disso, vale notar que um simples descuido pode fazer você perder parte do jogo (ser capturado pela polícia impedirá que Jodie viva uma determinada parte da história).

Como estamos tratando de um jogo-filme, era de se esperar que teríamos um trabalho excepcional com o áudio (e depois do que ouvimos em Heavy Rain, não esperávamos pouca coisa). A trilha sonora e a dublagem merecem atenção especial.

As músicas são envolventes e cumprem seu papel para emocionar o jogador das mais diversas formas. A canção principal é usada de forma inteligente e consegue transmitir muitas emoções. É claro que Hans Zimmer e Lorne Balfe não iriam nos decepcionar.

A dublagem está fantástica. Não poderíamos esperar menos com Willem Defoe e Ellen Page mostrando seus talentos de forma fenomenal! A modelagem dos dois está genial no jogo, e as falas combinam perfeitamente. Mesmo no caso de personagens irrelevantes, é possível notar que as vozes foram bem escolhidas.

Controles melhorados e novidades

Felizmente, a Quantic Dream trabalhou na jogabilidade para que o jogador não precise mais usar o R2 para andar. O restante dos controles que servem para guiar Jodie é bem funcional e continua no mesmo estilo de Heavy Rain. O uso dos sensores do DualShock 3 novamente é bem-vindo, pois serve para passar um pouco da tensão da tela para as mãos do jogador.


Jogar com a Aiden é diferente, incomum e interessante. É como controlar uma câmera livremente e ter o poder de movimentar os objetos. A navegação é bem simples, sendo possível aprender os macetes em alguns minutos. O feedback do gamepad é importante neste caso, pois o jogador pode ter noção do quanto de poder está usando e quando deve parar.

O controle através do smartphone é uma adição bem-vinda e pode ser uma grande ideia para jogadores que buscam uma nova experiência (infelizmente, nem todos os recursos de jogabilidade foram transportados para os celulares).

No modo multiplayer, um jogador controla Jodie e outro a Aiden. Essa ideia é bem válida, pois duas pessoas podem moldar a história, ou seja, nada de alguém ficar apenas como espectador. É interessante que, dependendo do que cada um faça, o outro jogador pode encarar algumas complicações. Pode ser uma experiência bem diferente e divertida.

PRONTO FRACO

ousadia pode ser um problema

Mesmo sendo genial, Beyond está longe da perfeição. Ao tentar abordar tantos assuntos e criar uma história tão rica em detalhes, Cage acabou deixando algumas lacunas em aberto. Nem todas as cenas do jogo vão se conectar, o que, na verdade, de maneira alguma é um problema para os jogadores que buscam aproveitar toda a experiência proposta.

Acontece que essas lacunas podem ser criticadas por jogadores que adoram falar de furos de roteiro (apesar de que esses vazios entre os capítulos não são falhas) ou questionar a capacidade do autor. A experiência proposta é a que está no jogo, portanto não há o que reclamar.


Quanto aos gráficos, vale notar que não estamos tratando da perfeição criada pelas máquinas da Pixar. O PS3 tem suas limitações, o que acabou forçando a equipe da Quantic Dreams a não trabalhar muito nas sombras de personagens e nas bordas dos objetos.

É notável que Beyond exige o máximo do PlayStation 3. Devido ao extremo capricho em todas as cenas, o jogo puxa todo o poder do chip gráfico. Essa exigência excessiva do hardware pode gerar quedas de frame e algumas leves engasgadas. Felizmente, essas situações são raras e não acontecem nos momentos de grande ação.

SERA QUE VALE A  PENA?
Com certeza!

Desde o primeiro suspiro, Beyond: Two Souls nos levou a crer que ainda não havíamos experimentado toda a genialidade por trás da mente de Cage. E, no fim das contas, o game conseguiu nos surpreender de diversas formas.

Beyond é um dos melhores títulos que o PlayStation 3 poderia receber no fim de sua vida. O jogo é caprichado nos mínimos detalhes e supera seu antecessor espiritual.

Graças à audácia de David Cage, o novo game da Quantic Dreams consegue passar diversas emoções ao jogador. Apesar de tratar de uma ficção muito bem elaborada, os assuntos abordados fazem parte da realidade e colocam o jogador para refletir. Há uma boa dosagem de ação, terror e drama.



Se vale a pena? Bom, Beyond: Two Souls é um game do tipo ame ou odeie. Se você não gostou de Heavy Rain, então Beyond não é um jogo para você. Quem gosta de buscar furos de roteiro também não vai se contentar com o game.

Agora, se você quer uma nova experiência com visuais incrivelmente realistas, então Beyond é a pedida perfeita. É um jogo para adultos (classificado para maiores de 18 anos), justamente por tratar de assuntos delicados que exigem um bom nível de compreensão sobre sociedade. A Quantic Dreams mostrou novamente que é capaz de surpreender.

NOTA - 10 SUPERFODA

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